Automedicação pode ser definida como a utilização de medicamentos por conta própria ou indicação de pessoas não habilitadas, para tratar doenças cujos sintomas são percebidos pelo paciente, mas não tem uma avaliação prévia do profissional de saúde médico.
Algumas propagandas induzem ou incentivam o consumo de determinados medicamentos que nem sempre estão indicados para as necessidades do paciente.
O grande risco da automedicação é uma intoxicação. Os analgésicos, antitérmicos e antinflamatórios são as classes dos medicamentos que mais intoxicam se usados sem orientação.
De um modo geral, os sintomas de dor (dor de cabeça, dor muscular, cólicas e outras), má digestão, quadros gerais de doenças respiratórias e viroses (diarreias, por exemplo), estão entre os principais motivos pela procura aos medicamentos e uso indiscriminado.
Porém, vale ressaltar que, com a automedicação, há aumento dos índices de dependência aos medicamentos, assim como lesões graves nos pacientes, muitas vezes, irreversíveis, além do aumento dos sintomas, chegando a diagnósticos de dores crônicas e estados piorados de ansiedade e sintomas de depressão. Outros exemplos de riscos são: lesão no fígado (paracetamol), sangramento no estômago e/ou intestinos (antinflamatórios), alteração dos rins (antinflamatórios), tonturas e outras reações, sendo algumas delas tão graves que podem levar à morte. Além de mascarar alguns sintomas da doença, a automedicação atrasa o diagnóstico, comprometendo o tratamento, caso o paciente procure depois atendimento médico.
A população deve sempre ficar atenta aos perigos da automedicação:
- automedicação pode levar a erros de diagnóstico, à escolha de terapia inadequada, podendo retardar o reconhecimento de uma patologia, bem como, a possibilidade de agravá-la;
- sintomas iguais podem ter causas diferentes. Os sintomas são apenas indicativos de algum problema de saúde. Antes da escolha do medicamento adequado, o médico vai consultar o paciente, pedir exames laboratoriais complementares para o correto diagnóstico;
- as interações medicamentosas podem ter consequências graves para a saúde. O médico tem competência para avaliar quais os medicamentos podem ser tomados em conjunto, se necessário.
E é bem importante também que os médicos sejam cautelosos ao fazerem suas prescrições, usando letras legíveis ou prescrições impressas, além de orientar sobre o uso correto e os cuidados ao longo do tratamento.
E lembrando: somente o farmacêutico tem a competência para dispensar o medicamento e orientar a população sobre o uso correto da medicação, auxiliando o paciente na adesão ao tratamento.
E para finalizar, uma condição importante é que todo profissional de saúde deve fazer sua parte para evitar todas as complicações do uso indiscriminado dos medicamentos, orientando a população com esclarecimentos sobre todos os riscos da automedicação. Promover orientação correta à população é um dever de todo profissional de saúde que lida diariamente com as pessoas. Afinal, “SAÚDE É UM ESTADO DE COMPLETO BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL, E NÃO APENAS A AUSÊNCIA DE DOENÇA” (definição da OMS).
Abraços a todos,
Patrícia.
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