sábado, 6 de outubro de 2012

DESODORANTES E ANTITRANSPIRANTES.

Hoje vou falar, resumidamente, sobre DESODORANTES E ANTITRANSPIRANTES.
Vocês sabem a diferença entre os dois?
A maioria das pessoas refere-se aos dois como sendo um mesmo produto, porém, há diferenças químicas entre eles.
De um modo geral, os princípios ativos dos DESODORANTES são as fragrâncias para disfarçar os odores da transpiração e os agentes antibacterianos para inibir o desenvolvimento e crescimento das bactérias presentes na região da axila. Podem ser coloridos e perfumados e são apresentados em formas e veículos apropriados, conforme definidos por legislação.
Os princípios ativos (também determinados por legislação) mais comuns presentes nas formulações são: etanol (no máximo 60%), triclosan (no máximo 0,3%), EDTA tetrassódico, BHT e bicarbonato de sódio ou potássio. Além desses componentes, podem conter outros ativos, de acordo com a fórmula da marca do produto, mas todos seguindo as determinações da legislação.
Alguns desodorantes podem conter também peróxido de zinco para promover quebra dos ácidos graxos presentes no suor em compostos com menos cheiro.

Já os ANTITRANSPIRANTES são produtos para inibir ou diminuir a transpiração, podendo ser coloridos ou perfumados em formas de veículos apropriados, bem como associados aos desodorantes e outros ativos para melhorar a ação.
Eles reduzem a secreção das glândulas sudoríparas ao bloquearem os ductos de passagem do líquido para o meio externo.
Os principais ativos de um modo geral são: complexos de alumínio e zircônio, cloridróxido de alumínio, dicloridrato de alumínio e sesquicloridrato de alumínio. As quantidades máximas desses componentes nas formulações estão todas definidas por legislação específica.
A ação adstringente dos antitranspirantes consiste em comprimir as glândulas sudoríparas para estas não produzirem mais suor.
O mecanismo de ação é a difusão do sal pelo ducto sudoríparo, que após a lenta neutralização da solução ácida de sal metálico, produz gel ou complexo mucopolissacarídeo. Esta obstrução impede a saída do suor até que a queratina obstruída seja substituída pela renovação celular. Vale ressaltar, que não existem evidências comprovadas de danos permanentes às glândulas sudoríparas, pois a transpiração normal recomeça normalmente após a suspensão do uso do antitranspirante.


Já que estamos enfatizando que os produtos citados são pra inibir a produção ou o cheiro de suor do nosso corpo, vamos, então, falar um pouco sobre o SUOR.
Mas afinal o que é o SUOR?


O suor tem a função de regular a temperatura corporal mantendo-a próxima a 37ºC, bem como manter a elasticidade e hidratação da pele. Vale lembrar, que foi essa habilidade de transpirar até 1,8L por hora que permitiu a adaptação do ser humano aos diversos climas. O suor é um líquido isotônico de pH entre 4 e 6,8, produzido pelas glândulas sudoríparas. Ele é secretado para a superfície da pele para reduzir o pH e prevenir o crescimento das bactérias. Homens suam mais que mulheres.
O suor é composto por água, cloreto de sódio, ureia, ácidos graxos e algumas substâncias orgânicas. Os ácidos graxos e ureia sofrem oxidação e decomposição formando compostos responsáveis pelo cheiro desagradável do suor. Portanto, é importante cuidar da axila usando produtos adequados ao tipo de pele já que há muitas pessoas alérgicas aos desodorantes e antitranspirantes. Só assim podemos controlar o cheiro e a produção do suor de um modo eficiente.



O uso diário de antitranspirantes pode irritar a pele, provocando sensações de queimadura, irritação, coceira, vermelhidão, bolhas, descamação e ardor. O início da irritação pode ocorrer imediatamente ou após alguns dias ou semanas de uso. Mas, no geral, há melhora em até 3 dias após a remoção do produto irritante. No caso dos antitranspirantes, os ativos de alumínio estão entre os causadores das irritações, no caso, chamadas de “alergias de contato”.
No caso dos desodorantes, o álcool e outros compostos sensibilizantes são os mais comuns causadores da alergia. Por isso, é importante ter um conhecimento prévio sobre os componentes dos produtos que estamos usando. Se ocorrer qualquer sinal de alergia, o uso do produto deve ser suspenso imediatamente. Não se deve insistir em continuar usando, pois vai haver uma piora considerável. E caso os sintomas não desapareçam após a suspensão, deve-se procurar ajuda do especialista médico.

Espero que gostem das informações.

Abraços,

Patrícia.

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